Majoritariamente composta por energia proveniente de hidrelétricas, a matriz elétrica do Brasil caminha para uma abertura ainda maior de fontes renováveis de energia
A matriz elétrica brasileira tem uma ampla capacidade de geração e é representada por uma maioria proveniente de fontes renováveis. Há anos o destaque é a produção hidrelétrica, porém, nos últimos tempos, este cenário tem se ampliado e outras fontes de energia vem ganhando destaque na composição da matriz elétrica nacional, como é o caso da eólica e da solar.
Para compreender as perspectivas da matriz elétrica brasileira é preciso diferenciá-la da matriz energética. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esta última representa o conjunto de fontes disponíveis para suprir a demanda de energia em um país, estado ou até mesmo no mundo. Essas fontes são referentes à energia necessária para movimentar carros, preparar comida no fogão e gerar eletricidade. Desta forma, podemos dizer que a matriz elétrica é parte da matriz energética, sendo designada ao conjunto de fontes disponíveis exclusivamente para a geração de energia elétrica.
Apesar de ser composta por uma maioria de hidrelétricas, a matriz elétrica brasileira é bastante diversificada e recebe destaque mundial por sua composição majoritária de fontes renováveis. No cenário atual, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis. As hidrelétricas têm uma participação de quase 64%, seguida pela eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar (1,4%). Ainda que a porcentagem das demais fontes aparente ser pequena, um breve estudo histórico da participação delas na matriz elétrica nacional mostra que houve um aumento considerável na atuação das fontes elencadas. A energia solar, por exemplo, apresentou um crescimento de 92,2% em 2019.
Em meio ao cenário favorável de fontes renováveis, é importante também considerar as desvantagens da dominância da hidrelétrica frente aos outros modelos de geração. Apesar de estar elencada entre as fontes consideradas limpas, a hidrelétrica gera impactos socioambientais significativos durante sua instalação e funcionamento, já que modifica o meio ambiente, podendo alterar o ciclo biológico dos rios e das famílias residentes nas proximidades das usinas. Além disso, por depender do volume de chuva, existe o risco da falta de suprimento energético quando os níveis dos reservatórios ficam aquém do esperado. Quando isso acontece, as termelétricas costumam suprir a demanda de energia, representando uma alternativa contrária à fonte renovável esperada.
Para que o Brasil tenha uma segurança energética maior utilizando-se de ainda mais fontes renováveis para isto, é preciso enfrentar uma série de obstáculos econômicos e operacionais. Assim, a expansão do uso de energia limpa na matriz elétrica requer planejamento e amplo desenvolvimento tecnológico. O cenário é promissor para uma utilização mais moderna dos recursos que são abundantes no país, como os ventos e a incidência solar. Seguindo este caminho, o Brasil terá a possibilidade de maior oferta e administração de preços.
O Mercado Livre de Energia está intimamente ligado com a evolução da matriz elétrica nos últimos tempos. Isso porque o modelo tem incentivado projetos de geração de energia renovável e estimulado consumidores livres a contratarem energia limpa por meio de descontos de até 100% nas tarifas de distribuição. De acordo com a Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), 24% de toda a expansão da geração em construção até 2023 terá como destino o Mercado Livre. Deste número, 80% refere-se à energia eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Quer incentivar a geração de energia proveniente de fontes renováveis? A migração para o Mercado Livre pode ser uma alternativa. Consumidores livres têm a possibilidade de escolher a origem da energia contratada, priorizando fontes limpas e conquistando também descontos. Saiba mais sobre a migração. Entre em contato com a Zest Energia!
