Derivativos são vistos como instrumentos fundamentais para a gestão de riscos, possibilitando proteção contra oscilações de preços no Mercado Livre de Energia
Os derivativos de energia são uma grande aposta do setor elétrico. É por meio deste mecanismo que os players do mercado poderão garantir a manutenção do preço negociado, sem que este mude durante o período de contrato. Este modelo de negociação é bastante conhecido do meio financeiro e agora foi adaptado para o mercado de energia elétrica e promete um auxílio ainda maior em segurança, planejamento e gestão de riscos.
Em sua definição, derivativos de energia são contratos financeiros que derivam de um ativo (ex: índice, preço, câmbio), neste caso, o PLD (Preço de Liquidação por Diferença). Desta maneira, os derivativos funcionam em um modelo parecido com o praticado em outras commodities (ex: petróleo e alimentos). Eles são inscritos na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A negociação de derivativos deve ser realizada diretamente no Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) por meio da plataforma de investimentos. A compra e venda dos títulos e ativos pode ocorrer via telefone e computador, como ocorre na Bolsa de Valores.
Os contratos de derivativos determinam que compradores e vendedores firmem compromissos que garantam que o valor a ser pago pela energia seja mantido durante todo o período acordado. Assim, em um mercado em que os preços oscilam com frequência devido a fatores externos, como a previsão do tempo, este modelo de contrato torna-se uma ferramenta importante para a comercialização da energia e desenvolvimento do setor.
A intenção por trás dos derivativos é estimular investimentos no setor elétrico, uma consequência à diminuição de riscos para ambas as partes envolvidas na negociação. Sendo assim, podemos afirmar que a utilização de instrumentos financeiros são importantes mecanismos de proteção (hedge) contra a flutuação do preço da energia, trazendo segurança às operações e liquidez ao Mercado Livre de Energia. Os benefícios recaem diretamente nas comercializadoras, companhias e investidores que desejam travar o preço futuro do PLD e obter retorno financeiro com a oscilação das cotações.
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